
Catar nega que avião oferecido a Trump seja um presente

A oferta do Catar de doar um avião de luxo aos Estados Unidos não representa um presente pessoal para o presidente Donald Trump, e sim "uma transação de governo para governo", ressaltou nesta quarta-feira (14) o primeiro-ministro do país do Golfo.
A família real do emirado deve oferecer a Washington um Boeing 747-8 avaliado por especialistas em US$ 400 milhões (R$ 2,2 bilhões), descrito pela imprensa americana como "um palácio no céu". A Constituição dos Estados Unidos proíbe que funcionários aceitem presentes de um rei, príncipe ou outro Estado.
Trump visitou hoje o Catar e gerou polêmica em seu país ao indicar que não recusaria esse tipo de oferta. O premiê Mohammed Al Thani disse à rede de TV CNN que não sabe por que o assunto se tornou tão importante.
"Trata-se de uma transação entre governos. Não tem nada a ver com questão pessoal, e sim com o Ministério da Defesa e o Departamento de Defesa", ressaltou o chefe de governo do Catar, que negou que seu país esteja usando o presente como uma forma de influenciar Trump.
"O Catar sempre foi um parceiro confiável dos Estados Unidos, sempre deu um passo à frente para apoiar esse país, porque acreditamos que essa amizade deve ser mutuamente benéfica", disse Al Thani, acrescentando que a oferta "ainda está sob revisão legal".
Trump planeja substituir os dois Boeing 747-200Bs atuais, que entraram em operação em 1990 e dos quais se queixa do custo de manutenção. Descontente com os atrasos da Boeing, o presidente disse, no começo do ano, que "alternativas" estavam sendo estudadas para o futuro avião presidencial.
R.Poirier--PS