
Índia prossegue com processo de identificação das vítimas de acidente aéreo

O trabalho de identificação das vítimas do acidente do voo Air India 171 prosseguia nesta segunda-feira (16) em Ahmedabad, no noroeste da Índia, assim como os primeiros funerais.
O acidente de quinta-feira (12) do Boeing 787 da companhia aérea indiana, logo após a decolagem do voo com destino a Londres, provocou pelo menos 279 mortes, segundo o balanço oficial mais recente. Esta é a tragédia aérea com o maior número de vítimas no mundo desde 2014.
O doutor Rajnish Patel, do hospital civil de Ahmedabad, afirmou que 92 vítimas já foram identificadas, graças às mostras de DNA fornecidas por parentes.
Quarenta e sete corpos foram devolvidos às famílias, o que possibilitou a organização dos primeiros funerais, que prosseguiam nesta segunda-feira na cidade e em outros localidades.
Muitas pessoas não escondem a frustração com a demora do processo de identificação.
"Nos disseram que levaria 48 horas (...) mas continuamos sem resposta", declarou no domingo à AFP Rinal Christian, de 23 anos, cujo irmão mais velho estava a bordo do voo 171.
"Meu irmão era quem sustentava toda a família. O que vamos fazer agora?", questionou.
O Boeing 787 da Air India, com 242 pessoas a bordo, caiu na quinta-feira em um bairro residencial de Ahmedabad pouco depois de decolar às 13h39 locais (5h39 de Brasília).
Segundo a agência de aviação civil indiana, a aeronave tinha 230 passageiros - 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense -, além de 12 tripulantes.
Apenas um passageiro sobreviveu milagrosamente à queda do avião sobre os prédios de um bairro próximo ao aeroporto.
Segundo o balanço oficial mais recente, pelo menos 38 pessoas morreram no bairro em consequência da queda do avião.
Os investigadores da aviação civil encontraram no domingo a segunda caixa-preta do Boeing, que registra as conversas na cabine dos pilotos.
A primeira caixa-preta, que registra os parâmetros técnicos do voo, como velocidade, altitude, trajetória e motores, foi recuperada na sexta-feira.
Segundo os primeiros elementos da investigação, o piloto emitiu um apelo de emergência logo após a decolagem.
J.Simon--PS